Soneto à burra cardã de meu pai

Recordo a burra troteira

Que meu pai montava nela

Depois que botava a sela

Passeava a tarde inteira

Lá no tronco da porteira

Ficava o cabresta dela

Onde eu com muita cautela

Roubava a burrra baixeira

Papai temendo o perigo

Brigava sempre comigo

Quase toda de manhã

No meu tempo de criança

Eu saudava a vizinhança

Na nossa burra cardã.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 01/09/2017
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