MEMÓRIAS MORTAIS
O vento do seridó deslizou pela poeira,
Na árida mata branca que a seca fez,
Nada chegou tão longe naquela aridez
A não ser... o resplendor da lua inteira.
As nuvens escurecem pela benzedeira,
Ao longe ouvem-se galopes na rapidez
É o homem que leva na pele a palidez
Da ganância da coroa e d'sua bandeira.
O sangue na tua amada terra apossada
Banha os lajedos daquela serra rajada,
Num ultimo suspiro tribal da sesmaria.
E no etnocídio... brada triste a acauã
Parece compreender que... o amanhã
Foi morto pelo riso bélico da infantaria.
Na árida mata branca que a seca fez,
Nada chegou tão longe naquela aridez
A não ser... o resplendor da lua inteira.
As nuvens escurecem pela benzedeira,
Ao longe ouvem-se galopes na rapidez
É o homem que leva na pele a palidez
Da ganância da coroa e d'sua bandeira.
O sangue na tua amada terra apossada
Banha os lajedos daquela serra rajada,
Num ultimo suspiro tribal da sesmaria.
E no etnocídio... brada triste a acauã
Parece compreender que... o amanhã
Foi morto pelo riso bélico da infantaria.
NOTA: (Em homenagem aos quase 3 mil índios mortos na Serra da Rajada e na Serra da Acauã no seridó potiguar pela Guerra dos Bárbaros no final do Século XVI)