... Desaba

Hoje, flagrei meu coração em prantos

E, eu já estava ciente do motivo.

Pois eu me sentia como um morto-vivo,

Há tempos que me oculto pelos cantos.

Quando as dores surgem eu não canto,

O corpo se porta como cativo,

A alma toda treme de espanto

E dos prazeres da vida me privo.

Mas tenho que aceitar a minha sina,

É certo que um dia tudo termina

De uma forma, ou de outra, tudo acaba.

A flor nasce, floresce, depois morre,

Inda que o jardineiro lhe socorre;

Solta-se do galho e ao chão desaba!

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 30/08/2017
Código do texto: T6099190
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