... Desaba
Hoje, flagrei meu coração em prantos
E, eu já estava ciente do motivo.
Pois eu me sentia como um morto-vivo,
Há tempos que me oculto pelos cantos.
Quando as dores surgem eu não canto,
O corpo se porta como cativo,
A alma toda treme de espanto
E dos prazeres da vida me privo.
Mas tenho que aceitar a minha sina,
É certo que um dia tudo termina
De uma forma, ou de outra, tudo acaba.
A flor nasce, floresce, depois morre,
Inda que o jardineiro lhe socorre;
Solta-se do galho e ao chão desaba!