URNA ESCURA

Na madrugada o vento

soprou frio meu rosto,

que em profundo desgosto

se consumia em tormento.

A noite fora longa e fria,

enquanto as velas queimavam

as lágrimas que me restavam

na madrugada daquele dia.

Seu corpo ali tão lindo

exposto em uma urna escura

já não tinha mais movimentos.

Seu rosto, porém, parecia-me sorrindo,

enquanto minh'alma na tortura

também morria em sofrimentos.

Nova Serrana (MG), 1.o de fevereiro de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 29/08/2017
Código do texto: T6098598
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