ENTRE VELAS E LÁGRIMAS
Lembro-me das velas em um canto
que choraram comigo sua partida.
Deixavam suas lágrimas sentidas
Derreterem-se em desencanto.
Algumas imploravam ao vento
que as soprasse mais leve,
pois muito em breve
elas seriam esquecimento.
Assim, entre lágrimas e velas,
vi seu corpo tão bonito
sendo levado para o fim.
E, à noite, quando olho da janela,
com os olhos fixos no infinito,
eu a vejo, lá do céu, olhando para mim.
Nova Serrana (MG), 1.o de fevereiro de 2007.