Olhos da Amargura!
Os olhos são espelhos, mas depende de quem usa
Corpo gélido, petrificado e uma aparência de medusa
Imutável no tempo, numa verdade que não se finge
Perdido no deserto, retrata a miragem de uma esfinge
Os olhos também são luzeiros para nos guiar
É melhor sem eles, para quem os usam para julgar!
Olhos que tanto almejam ver a justiça, mas alheia
Só que na verdade, eis que estão cheio de areia!
Um olhar vazio que vive num mundo obscuro
Sem brilho e sem luz, mas que visa, apenas o impuro
Razões que não está no plano de hoje e sim do futuro
Consome o brilho do sol, traz nuvens, troveja.
Insuperável poder de tirar a luz do que lampeja
Atrocidade mirabolante de quem não anda, rasteja!
Charles Lima & Carlos Alves 11/07/2017