Triste Janela
Nessa janela das alturas solitárias,
arranha céu de douradas grades ,
exilada na sombria memória ,
bem longe das minhas tardes verdes.
As ruas passam sem nada me dizer.
Os carros não escutam meu silêncio
e o povo indiferente, sem nada saber
fazem da vida um tumulto corrido.
Há de chegar no sonho da noite ,
asas para voar da fria masmorra
a minha primavera quente.
O mundo entenderá meu canto
sem lembranças, nem saudades
das portas trancadas ,gaiola de ouro.
16/08/08