Triste Janela

Nessa janela das alturas solitárias,

arranha céu de douradas grades ,

exilada na sombria memória ,

bem longe das minhas tardes verdes.

As ruas passam sem nada me dizer.

Os carros não escutam meu silêncio

e o povo indiferente, sem nada saber

fazem da vida um tumulto corrido.

Há de chegar no sonho da noite ,

asas para voar da fria masmorra

a minha primavera quente.

O mundo entenderá meu canto

sem lembranças, nem saudades

das portas trancadas ,gaiola de ouro.

16/08/08

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 16/08/2007
Código do texto: T609762