PORTA ABERTA
Quando saiu deixou a porta aberta
(esse elo entre o mundo e o nosso ninho)
e tornou a minha vida mais incerta
não dizendo qual seria o seu caminho...
Quando seguiu, pela rua ainda deserta,
Eu não sabia o que era ser sozinho,
pois sempre ela voltava, à hora certa,
e eu a acolhia com todo o meu carinho...
E agora, que esta casa está vazia,
e que o ar ainda guarda o seu perfume,
eu sinto o quanto é amarga a nostalgia...
Estou sofrendo... estou me desgraçando,
e nestas trevas só me resta um lume
– a esperança de vê-la retornando...