PRIMITIVA DANÇA




Afundam-se os olhos em poços profundos...

Num jogo perdido, onde não há ganhador!

Quando a luz se apaga, esquecemos do mundo,

a palavra emudece no lábio o tremor...


Nossas bocas têm sede e a pele reclama!

Se liberta o desejo, no toque dos dedos

que aos poucos desfiam a mágica trama,

um a um vão surgindo, os nossos segredos...


Infinitas carícias nos corpos ardentes

pelas mãos deslizando, sem nenhum temor...

Nos perdemos então, nesses beijos tão quentes...


E assim nós dançamos, primitiva dança

em passos tão perfeitos, sem nenhum pudor... 

encantada magia, que nunca se cansa!

_________________________________________________________

Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 16/08/2007
Reeditado em 12/12/2007
Código do texto: T609566
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.