Flor III
Flor, por que ages assim, tão desconfiada?
O que foi que de tão grave se deu?
Foi por este jeito acre-doce meu?
Por que não confia e se abre, minha amada?
Lembre-se, minha Flor, o que em ti jaz
E que pulsa no peito e que tanto arde
Não esqueça da união, naquela tarde,
De nós, poetas, e o que isso inda nos traz...
Flor, todo poema, pois, sempre foi teu
Nas letras, pelos versos, ante a prosa
A Margarida e o Lírio, o azul e o rosa
Que o céu, na terra, tanto prometeu...
Flor, o sol ilumina e mostra a lua
Ele é o Vento que te ama em alma nua...