Perdido em minhas moradas abissais
Perdido em minhas moradas abissais
Na imensidão d'um pélago obscuro
Ouvi de algum canto alguns múrmuros
De vozes excruciantes irracionais
Perdido como uma sombra no escuro
A transitar errante nos umbrais
Até me acostumar aos funerais
Até tornar-me os húmus dos monturos
Cativo na Geena, em uma tormenta
Amofinado das ofensas violentas
Tropeçando no escuro, a esmo
Vejo minha alma sepultada e morta
Nesse mundo que ninguém se importa
Nele reflete o reflexo de mim mesmo