A LUA EM PANE
A LUA EM PANE
Silva Filho
(Tentando mitigar a TRISTURA da Ania)
Não pinte o rosto da cor de tristeza,
Com essa pane que sofreu a lua,
Escuridão que tudo tumultua,
Deixando a gente como fácil presa.
Na escuridão, a lua estava nua,
Como se nua, fosse uma princesa,
Mas o meu estro gosta de surpresa,
E na nudez é quando mais atua.
Que não me venha esse mar bravio,
Quebrar a onda e quebrar o fio,
Impedindo a transmissão do pensamento!
A minha nau resiste aos rochedos,
E os meus sonhos nadam sem os medos
Fabricados pelas brumas e pelo vento!