Nâo tem como

Lamento, mas eu não ando disposto

A juntar algumas letras no papel

Eu bem que sei da sopa e do mel

Mas quero descansar no mês de agosto.

Não quero letra vâ, a que blasfema

E assim sem nada pronto a ser composto

Fico no espelho a enxergar meu rosto

Que não reflete a imagem do poema.

Eu sei que é fardo grande o meu lamento

Mas insisto em não mudar o meu momento

Pra não fazer uns versos sem sentido.

As estrofes pedem as letras que hão em mim

Como a baterem em pedra dura, vão assim,

Aí me curvo ao tilintar no meu ouvido.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 15/08/2017
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