ACASO

Meu corpo, velha e frágil armadura

É isso tudo que eu sou somente

Dentro há nada além, uma mente,

A ideia vaga bombear nervura

Crosta falha falível espessura

Que um dia parando de repente

Nada mais será, rígido e dormente...

Objeto frio, coisa, não criatura

À fome de porção qualquer de terra

banquete podre frígido aos vermes

Carcaça magra de tendões inermes

Nada, somente ciclo que se encerra

Qual coisas quaisquer quando finda o prazo

Acaso vivos, mortos ao acaso

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 15/08/2017
Reeditado em 01/05/2022
Código do texto: T6084392
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