ACASO
Meu corpo, velha e frágil armadura
É isso tudo que eu sou somente
Dentro há nada além, uma mente,
A ideia vaga bombear nervura
Crosta falha falível espessura
Que um dia parando de repente
Nada mais será, rígido e dormente...
Objeto frio, coisa, não criatura
À fome de porção qualquer de terra
banquete podre frígido aos vermes
Carcaça magra de tendões inermes
Nada, somente ciclo que se encerra
Qual coisas quaisquer quando finda o prazo
Acaso vivos, mortos ao acaso