Crucificados

Esses ferozes, vis e violentos

Selvagens que a treva regurgita

Profanos das moradas esquisitas

Vem a este mundo farto de tormentos

Profanam a terra, a carne, o pensamento

Corroí por dentro tal um parasita

A alma do mundo pesarosa e aflita

Agoniza ante os dentes peçonhentos

Mas tu que habita em tua esfera pura

Que faz de sua alma branda uma clausura

Não ouve dos aflitos o seu brado?

Ó residente das altas luminárias

Ainda que nas alturas serás um pária

Se não zelar por quem esta crucificado

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 14/08/2017
Reeditado em 14/08/2017
Código do texto: T6083947
Classificação de conteúdo: seguro