Crucificados
Esses ferozes, vis e violentos
Selvagens que a treva regurgita
Profanos das moradas esquisitas
Vem a este mundo farto de tormentos
Profanam a terra, a carne, o pensamento
Corroí por dentro tal um parasita
A alma do mundo pesarosa e aflita
Agoniza ante os dentes peçonhentos
Mas tu que habita em tua esfera pura
Que faz de sua alma branda uma clausura
Não ouve dos aflitos o seu brado?
Ó residente das altas luminárias
Ainda que nas alturas serás um pária
Se não zelar por quem esta crucificado