Sem saída
Maldito olhos meus por terem visto
teu existir viver, ser e estar
da vida que eu pudera enfim ter quisto
resta-me o vício de te amar, e amar
devoto na presença de um cristo,
não posso os joelhos não dobrar
em tudo que renego mais eu listo
mil maneiras de te amar, e amar
quem sabe se talvez eu fosse cego,
ou tivesse domínio da vontade
pudesse libertar, mas não sossego
sempre me chega, logo pronta invade
e não dura um segundo eu me entrego
me pego a sorrir de felicidade