Noite de agonia e desespero
Toda a noite em meu quarto eu te procuro,
Olhos escancarados, mente alerta,
Tateio o pensamento pelo escuro,
Expio por debaixo da coberta.
Rolando, me embolando, me torturo...
Levanto e deixo a porta entreaberta;
Qualquer luzinha já me transfiguro,
Qualquer zumbido já me desconcerta.
Em coisas agradáveis vou pensando
Leio, releio...um leite morno tomo,
E a noite vai passando, vai passando...
Se acaso posso achá-lo, são sei como!
Cada segundo, assim, vou praguejando:
“_ Aonde fostes miserável sono?!”