O AMANHÃ PODE VIR, OU TALVEZ NÃO.

Sempre o amanhã pode vir, ou talvez não,

E sendo assim por que então me preocupo,

É mais prudente controlar toda a emoção,

Levar a vida intuindo aos meus impulsos.

Pois me pertence só o agora e nada mais,

O daqui a pouco são meras expectativas,

Já me consola tanta cegueira costumas,

A engendrar nesta minha mente criativa.

Eu associo a minha existência redundante,

A um grande rio cheio até suas barreiras,

de corpo insano dotado de alma alvissareira.

Mas é sonhado com o momento inusitado

Quando eu serei reconduzido a primazia,

Com espírito em festa e corpo dilacerado.

PUBLICADO NO FACE EM 08/08/12

LUSO POEMAS, 09/08/17