RIO PARAÍBA DO NORTE

Quem foi que arrancou suas plantas das margens?

Quem lhe enfiou essa draga no peito?

E quem carregou toda areia do leito,

Deixando-lhe assim, quase uma miragem?...

Sinto saudade da bela paisagem,

Do rio caudaloso, puro, perfeito.

Até que o homem se achou no direito

De lhe destruir. qual louco selvagem.

Rio Paraíba da terra do Norte,

Outrora tão cheio, tão bravo, tão forte!

Hoje tão frágil diante de mim...

Onde eu menino, banhei-me em sua água,

Pesquei camarão, piaba e tilápia...

Hoje moribundo... Será o seu fim?!...

© Antonio Costta