O caixão do mundo
Quero cantar ao mundo doces versos
Falar sobre as virtudes do amor
Fazer de um lampejo, um resplendor
Do que já não reflete o meu universo
E ocultar na alma o meu anverso
A primavera d'um amargo dissabor
E ser pra este mundo um redentor
Somente eu a margem dos perversos
E ignorar as feridas de minh'alma
Insistindo na cristalização da calma
E lançar ao mundo o agrado da ilusão
Pois vale sustentar esse mistério
Do que ofertar ao mundo um cemitério...
...e pôr a todos dentro de um caixão