Pálido ponto azul no qual habito
Pálido ponto azul no qual habito
Desfaz-se em cinzas, paulatinamente.
Corpo envolto em pó, céu de luz carente,
Cenário incolor, tumulto infinito.
Verde, há tempos, faz-se inexistente.
O ar chora baixo e, sufocado, aflito,
Deixa-me, o ar, por silencioso grito.
Urano em luto e Gaia doente.
Sob o disco branco, sigo vagante
Abraçado por congelante ardor
Que me torra o fora e enregela o dentro
Mesmo não me alcance a luz viajante
E em meu cativeiro se ausente a cor
Do meu mundo fiz uma rosa o centro