Quem sou eu?
As vezes nada sei; nem quem eu sou também
Quem sou? Um avantesma, uma miragem!
Sou um nada, me confundo com a paisagem
Ou apenas um talvez, um não, ou porém!
Não me sinto aqui, nem ali, ou mais além
Sei lá, posso ter o vento como roupagem
Ou, num espelho, sou reflexo, sou imagem
Um espectro que sequer consistência tem.
Mesmo um verme que um dia quis ser homem
O qual, quando contemplado seus atos somem
Como fora alguma simulação de vento
Pois não ser, parece um dos meus tantos fados
Por desconhecidas maldades e pecados
E desta existência possivelmente isento.
As vezes nada sei; nem quem eu sou também
Quem sou? Um avantesma, uma miragem!
Sou um nada, me confundo com a paisagem
Ou apenas um talvez, um não, ou porém!
Não me sinto aqui, nem ali, ou mais além
Sei lá, posso ter o vento como roupagem
Ou, num espelho, sou reflexo, sou imagem
Um espectro que sequer consistência tem.
Mesmo um verme que um dia quis ser homem
O qual, quando contemplado seus atos somem
Como fora alguma simulação de vento
Pois não ser, parece um dos meus tantos fados
Por desconhecidas maldades e pecados
E desta existência possivelmente isento.