VÁRZEAS DAS SAUDADES
Há tempos vejo estrelas, madrugadas
Cobrindo de beleza as curvaturas;
São noites tão mais belas nas alturas!!!
São noites de esplendor, iluminadas!!!
Mas, mesmo assim, plangente e sufocada,
Minh’alma se derrama à tua procura,
Nas várzeas das saudades, triste, escura,
Chorosa, lastimante e derrotada!!!
Assim, quando meus olhos, longe, vão
Deixar no Céu a dor da solidão,
Perdidos pelas nuvens de fumaça,
Até eu mesmo tenho compaixão
De mim, quando vislumbro a imensidão
E digo pra minh’alma: Vem! Me abraça!!!
Arão Filho
São Luís-MA, 31 de julho de 2017