Soneto pueril
Ela dobra com as minhas esquinas;
Rasga meus versos, me desalinha.
Andar de gazela, marota menina,
Contigo eu vou até a China.
Como tu és bela, e saidinha.
Pés em linha reta, pernas curvilíneas,
Pé-ante-pé em pose de bailarina.
Solta os cabelos ao vento, os desalinha.
Ai que vontade de beber-te.
Ver-te nua e quem sabe beijar-te.
Lambuzar-me no teu mel, abelhina.
Não sei se faz sol ou faz neblina;
Quero te ter aqui, nua em pelos;
Não me importo em tu tê-los.