DESDE QUANDO EU FUI MENINO.

Os meus lamentos não tem vontade própria,

Eles surgem do vácuo onde eu me abandono,

Estes se deslocam tempestivos sem destino,

Agem assim já desde quando eu fui menino.

Desventurados são meus apegos as alegrias,

Não duram muito as tentativas dum ser feliz

Até parece que tenho por elas muita alergia,

É ledo engano conquista-las é que mas quis.

Eu não desisto mesmo sendo um nocauteado,

De pernas bambas vivo tentando levantar-me,

Mas outros socos dificultam o equilibrar-me.

Até a mostarda teve sua semente abençoada,

O mesmo Deus ainda é o Rei deste universo,

Com suas bênçãos é certeza farei progresso.

PUBLICADO NO FACE EM 31/07/13