O Rosto
Eu não lhe entendo só pelo seu rosto
Que no meu senso ora é complacente
Noutra vez é tosco, noutra ora é tenso
Enigma... sem tema a não ser por meu gosto
Fico ao sabor do quanto imaginar
Das débeis conclusões que posso intuir
Às vésperas das quantas mudam a seguir
Que apenas a impressão não me faz confiar
Seu rosto, esfinge parado ali...
Fixo, sem ouvir, sem me ver, nem falar
Dispara nos sentidos o que mente induzir
Tempo capturado como antes de partir
Congelado, estático num minuto ou lugar
Não expressa os rumos que o irão definir