Vulto
Trajando um estranho luto,
Mas rodeado de perfume...
Que marca o rastro de seu vulto,
Em seu gesto incólume...
Parece um ser da necrópole, perdido,
Mas não tenho medo de lhe sentir...
E ouvir seu coração por outro banido,
Batendo forte, sem querer desistir...
Mas é apenas um vulto,
Com quem estranhamente luto,
Na busca de lhe ver...
Talvez por medo de me reconhecer,
Escondido na transparência,
E fazendo notar sua existência...