DESPEDIDA
Foi um longo tempo de penúria;
Prisioneira que estava a teu semblante.
Ruminava em mim a dor e a sepultura
E minh'alma penava suplicante...
Ó amado de minhalma,
A dor maior que a dor do abandono,
É a dor de perceber que ainda te amo;
Amor que em mim lateja e não se acalma.
Tua ausência desgostou - me a vida;
O sofrer e o morrer me dominavam;
Invadiam meu ser como ferida.
Passa - se o tempo e finda a solidão...
O amor se acalma e nesta despedida;
Secam - se as lágrimas e aquece o coração.