Proscritos vazios

O lado vazio, jamais ocupado
Que permeia a fio transes repetidos
O traço do nada que ele traz consigo
Não se atende sem nenhum tato atrelado

Mexe na caverna qual sombras do mito
São como epicentro sem nenhum alarde
Fazem deslocar qualquer pretensa base
Desdenhando o fato, gera dor sem grito

A falta do que ao menos se fez fase
Alça ao céu dos sonhos em raios e riscos
Declina do tempo, tratos analíticos...

Indócil permeia dessa octanagem
A qualquer leveza que disfarce o rito
Carrega invasivo a poemas proscritos