O vento

Uma vez mais eu perguntei ao vento
Por que tu és um etéreo elemento
Porém sem cor, sem cheiro e sem feição,
No entanto faz tamanha confusão?

Ele disse: justamente por isso!
Nada sou, sequer tenho compromisso
E, desse modo, faço o que bem entender
Sem que repressão tenha que temer.

Porque o vento não quer ser popular
E venta livre ao seu próprio gosto
Sem sequer um pouco se incomodar
De ser reconhecido pelo seu rosto.

Vento é sempre entidade matreira
Que venta furacões a sua maneira.
Jair Lopes
Enviado por Jair Lopes em 27/07/2017
Reeditado em 28/07/2017
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