Sussurra no meu peito uma estranheza
Sussurra no meu peito uma estranheza
De sombras e de agruras e punhais
Que ferem minhas carnes sempre mais,
Pois que alma há muito é morta e sem beleza.
Abraça-me o presente em aspereza!
Futuro? Já se lança em seus finais.
A dor junta os seus ecos aos meus ais
No caos que forma o ciclo e a natureza.
Passado… sempre um monstro me seguindo...
Um rio feito de pedras me engolindo…
Encontro-me ancorado ao leito imundo.
Desejo, apenas ir pra nova vida,
A fim de labutar na plena lida
E me esquecer das mágoas desse mundo.