NA ÍRIS....
De costas, de lado, nas sombras,
Essa é a tua imagem vazia,
Os cabelos num balançar que zomba,
Da minha saudade tardia.
Sob o reflexo do sol que ofusca,
Como quem brinca de se esconder,
Enquanto meu olhar que te busca,
Vai chorando à luz ou de sofrer.
Tanto falei dos teus tolos medos,
Negando assim os meus aremedos,
Quebrando a cristalina verdade.
Assim, fingi coragem na loucura,
Meu olhar a dizer que não procura,
O que na íris sempre foi realidade.