POR ONDE EU SEMPRE DOBREI
Nas esquinas por onde eu sempre dobrei,
Não resistiram suas quinas aos desgastes,
Se do passado poucas coisas eu preservei,
Nada me falta se tenho o hoje abençoado.
Sinto o desgaste pelos caprichos do tempo,
Mas não anseio a eternidade nesta matéria,
Já estou pronto para mudar completamente,
Meu espírito quer habitar outra atmosfera.
Nas arrogâncias eu só vejo o fogo do inferno,
E nas labaredas muita gente a ser queimada,
Os espíritos porcos incrustados de modernos.
O cheiro de enxofre vai bradar nesta coivara,
E depois de limpos Deus fará suas escolhas,
Por fim no éden encontraremos pessoas raras.
PUBLICADO NO FACE EM 26/07/13