SONETO DO ABRAÇO

SONETO DO ABRAÇO

Ah! Como é gozada e matreira essa vida...

Quanta emoção, essa muito forte, reprimida,

Tendo-a por segundos, apertada em meus braços

Que quisera eu, ter sido um nó e não um laço.

Tenho-te ainda que distante no virtual desejo,

De sua presença, com seus cabelos anelos

E seu corpo escultural, atrevido e radiante,

Com seu cheiro de fera, felina, fêmea e mulher.

Levo guardada, nesta viagem uma sensação

Deliciosa, do frenético palpitar de seu coração,

Escondido por seu colo macio e envolvente,

Mas fremente, que não esquecerei nunca!

E trarei de volta na saudade desse amasso,

A vã esperança, de ter de ti um outro abraço.

Urias Sérgio de Freitas

Manaus 22 de agosto de 2017