Dor atrevida
Sabe, poeta, essa dor amiga, quem sabe atrevida?
Imersa no peito imperfeito
Quando tudo parece não ter mais jeito
Nos remete à uma vida sofrida!
Essa dor que faz o coração sangrar
Almejando o eterno descanso
Entre amores e dissabores, entretanto,
Este enfermo coração não desiste de lutar!
Ainda que a vida seja cruel nesse mundo infiel,
Haverá sempre uma saída
Para essa dor em nós inserida!
Ainda que o sol deixe de brilhar
E a poesia possa por um instante se calar,
O poeta jamais se renderá!
Rio de Janeiro, 22/07/17
Interação ao soneto "Luz fugidia", do poeta Carioca.
www.recantodasletras.com.br/sonetos/6061313