A distância é seca, e me fere o corpo,
A distância é seca, e me fere o corpo,
Eis a sina do homem aprisionado;
Aqui choro a chuva, mas, chamuscado,
Também choro a chama de um peito doido.
Ei, veneno! Veja-me aqui, largado,
Eu bebi de seu traiçoeiro copo;
Meus sentidos sofrem por uma foto,
Pensamento sofre, de apaixonado.
Ei, meu anjo! Veja-me, que lhe imploro,
Por cuidados seus, por qualquer piedade,
Por um toque doce de cuidadora.
Venha e veja o quanto eu sozinho choro,
Venha e veja em mim ferida verdade,
Venha e toque em mim, para que não morra...
22/7/2017