A distância é seca, e me fere o corpo,

A distância é seca, e me fere o corpo,

Eis a sina do homem aprisionado;

Aqui choro a chuva, mas, chamuscado,

Também choro a chama de um peito doido.

Ei, veneno! Veja-me aqui, largado,

Eu bebi de seu traiçoeiro copo;

Meus sentidos sofrem por uma foto,

Pensamento sofre, de apaixonado.

Ei, meu anjo! Veja-me, que lhe imploro,

Por cuidados seus, por qualquer piedade,

Por um toque doce de cuidadora.

Venha e veja o quanto eu sozinho choro,

Venha e veja em mim ferida verdade,

Venha e toque em mim, para que não morra...

22/7/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 22/07/2017
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