CIANETO...

 

Perdido eu vago além,

Sem sonhos, esquecido...

Sem mágoa, sem ninguém!

Ah, eu vago perdido!

 

Arrasto as minhas dores

Pesadas nas ilhargas;

É como pisar flores;

Beber águas amargas!

 

Não sei aonde ir!

Existe algum porvir?

Eu vago à própria sorte!

 

Eu bebo cianeto,

E visto-me de preto;

Entrego-me à morte!

 

Arão Filho

São Luís-MA, 20. Julho.2017