EPITÁFIO
Quisera ser feliz; se lamentava!
Bem quis, a sua vida, oferecer...
Mas nada resistiu, não pôde crer;
Noitada de orgias ostentava.
Agora, a sua vida sepultava!
Nada mais servia, a seu bel-prazer...
Das farras, resta agora esquecer,
A boemia que a noite encantava.
Na lápide, a queixa a se notar,
Dizia da vida plena de aventura;
- No epitáfio uma história a lamentar -
“Aqui jaz a mais tola criatura,
Não viveu; posto que não soube amar.
Ruminará toda a sua amargura”!
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Interação do grande POETA CARIOCA. Grata!
CINZAS VIDAS CINZAS
Em nome dos catorze versos teus,
Trago aqui pó dos ossos do meu ser,
Tenho a morte na terra anoitecer
E os dias embaçados longe em breus!
Fragilizadamente a padecer
Na materialidade o Grande Deus,
A espúria rebeldia dos ateus
É, simplesmente, mágoa e adormecer!
Congela assim remorsos nas imagens,
Máximas dessangradas das coragens
Disseminam mortíferas no templo!
Isto posto, confirmo que esta casa
Aguarda choros tantos de outra casa
E o que ficam são tumbas pelo tempo!