Soneto á Montanha Vermelha
Ainda que depois venha a noite
E os reinos da escuridão
Ainda que não haja mais paixão
E sumam as cores do horizonte
Ainda que seja uma despedida
Com orquestras à próxima saudade
Ainda que se acenda a vaidade
Da lua Nova, e as estrelas criem vida
Ainda que as águas durmam
Enquanto a árvore, enamorada,
Tão tímida, nelas se espelha
Ainda assim, sem dia e sem noite
Eu oro em reverência
Ao esplendor da montanha vermelha