AMPULHETA
Por más recordações, dei novo rumo à vida
O tempo vai passando e com ele a certeza
Que por seu próprio excesso ao infinito convida
O sangue em ventre novo a uma alma indefesa
Divisível distância, inesperada ida
Que à poeira imprevista de antiga vagueza
Inteira de mistério inventa uma acolhida
A mim, pequeno grão, que vivo por empresa
Apenas cada dia entoando outro dia
Que o futuro vislumbre destinado ao pó
Da penumbra da terra que inerme seria
Entre a sombra da noite esse instante faz dó
Nos reduz a um esboço ornado em primazia
E feito de um sorriso estampado em filó