O ARQUEÓLOGO
O ARQUEÓLOGO
Na cratera d'algum vulcão extinto
Ou nas ruínas d'um palácio etrusco
Vestígios de quem fui ainda busco
E as lendas em que cri por fim desminto.
Camadas e camadas de indistinto
Pó cobrindo o horizonte revelhusco...
De civilizações o lusco-fusco
Percorro em intrincado labirinto.
Talvez mais no passado que ao presente
Eu viva de mim mesmo indiferente,
Olhando para além do quotidiano.
Por isso têm me visto distraído:
Por caminhos que vão até o Olvido,
Sigo as pegadas vãs do ser humano...
Sorocaba - 16 07 2017