QUANDO O SOL DESFALECE

Sob o dissipar das neblinas

Cortinas das tantas vaidades,

Muralhas das insanidades!

Ao sol cerceado lá em cima.

Cidades jazem hipnotizadas,

Ruínas das tantas soberbas...

Robôs, debalde, nas esquinas?

Programas das vãs realezas!

Nos becos rolam mortas moedas

Das sinas em perene esgrima!

Nos tronos as coroas em festas:

Migalhas ao pedintes de vida!

É quando o sol desfalece...

Poesia!- a mitigar-se da lida.