Mais um
Mais um soneto faço, outro sem graça!
É outro que balança mas se apruma,
não me diminue, quase sempre soma,
é só mais um que, como os outros, passa.
Mas minha rima, essa não anda escassa
e é leve como no ar é a pluma
sei bem como usá-las uma a uma;
Elas me embriagam são minha cachaça.
Cada verso, é notório, tem meu traço
como tem, da laranja, o bagaço
mas não desejo a eles o mesmo fim.
Junto catorze e tá pronto o soneto
que solto no mundo e nada o prometo,
sobre glória, pois pra alguns será ruim.
Josérobertopalácio