INÊS, Inês...
Eu canto, Inês, as flores, a beleza
De um vergel, de um rio, de uma cascata,
Eu canto a lua, Inês, por sobre a mata
E canto o triste canto da tristeza:
É que eu não sei dizer do teu olhar:
Não encontro o vernáculo preciso,
Eu não defino o doce no sorriso
Que possa o teu sorriso decifrar.
E vendo-te, e vendo um paraíso
Onde a beleza veio descansar,
Também, Inês, ali todo o juízo
Somente Inês procura exaltar.
E és, Inês, a musa mais precisa
Que um poeta pode encontrar.