PAI

As pegadas que eu vejo no caminho

São de um homem de andar cansado,

Mas que é livre, no seu viver sozinho,

É independente e jamais fica parado.

Outrora jovem, destemido e forte,

Deixou sua terra natal, suas raízes.

Ganhou o mundo, buscou a sorte,

Coloriu a vida de outros matizes.

Tem a face marcada pelos sinais

Das experiências que ele viveu.

De sonhos, já não fala mais.

A sua história, é o que tem de seu,

Com as homenagens memoriais,

Daqueles que Deus lhe deu.

12/08/2007 – Domingo – Dia dos Pais - Laboratório de Teoria Literária - Sonetos - Forum do Recanto das Letras

A publicação do texto como soneto é um convite para aqueles que o lerem dar sugestões que possam torná-lo perfeito.

O Recantista Obed de Faria Junior trabalhou o meu texto de acordo com o seu sentimento e sua arte. Vejam como ficou:

***

Veja se assim lhe agrada:

Vejo pegadas que ficaram no caminho,

rastro deixado por um homem já cansado,

mas que está livre, pois que assim vive sozinho

e, independente, se recusa a estar parado.

Outrora jovem, destemido e ainda forte

deixou seu berço, seu torrão, suas raízes.

Ganhou o mundo, foi buscar a sua sorte

e foi pintando a vida em cores e matizes.

Seu rosto traz da experiência mil sinais,

mas já não fala mais dos sonhos que viveu.

Deixou semente de seus brios ancestrais

em cada filho que, algum dia, Deus lhe deu.

Os filhos honram essa saga de seu pai,

pois essa história é tudo que, hoje, tem de seu.

Tem a marca do poeta, muito peculiar.

Obrigada, amigo!