Nenhum Mal

Nenhum mal representa a vil navalha,

dentre a carne, nem víbora mortal,

enroscando-se ao dorso vertebral

no cansaço da trágica batalha.

Sorver toda a cicuta que se espalha

ao corpo num segundo só fatal,

roleta russa, nada mais normal

que caminhar trajando uma mortalha.

O pulso em cortes tê-lo desatado,

vazados olhos visto qual favor,

achar-se de ilusões o ser tomado,

cuidar que a vida seja algo a dispor

para caprichos doutro alguém ao lado...

Nenhum mal representa enfim o amor.

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 12/07/2017
Reeditado em 25/11/2021
Código do texto: T6052370
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