RESSACA

Acossado por fantasmas inclementes

Ele entorna das lembranças mais um gole

Não há nada que o sossegue, que o console

Seu olhar, seu coração estão doentes

Embriaga-se, de si deixa o comando

Tropeçando em ilusões, perde os sentidos

Delicia-se em jardins bem coloridos

Já refeito do estupor volta chorando

Dolorosas emoções... Não se alivia!

Não consegue se apartar da boemia

Que das noites é assídua companheira

Que dilema! Quando sóbrio, a boca amarga

Plena entrega ao devaneio é dura carga

Se começa novamente a bebedeira