ESPERANÇA
No coração dos homens mansos, tristes;
agora vale a paciente espera,
de quem soube aguardar a primavera,
antes do tórrido verão, que insiste
nesta cidade toda ele... E persiste
nos seis meses da cáustica atmosfera,
a atormentar os homens cheios de vera,
de coração tão manso quanto triste.
Mas depois do verão, com o seu trono,
reina, em outra plaga, o fiel outono,
dando lição tão bela de mudança.
Enquanto, por aqui, pras bandas do Norte,
o inverno permanece tão forte! E,
no coração dos homens há esperança!