Noite como vida
Aos castelos ruídos do dia quando
As sombras nos parecem permanentes
Então somos nós mesmos - diferentes
Iguais, pela verdade se mostrando.
O amor tomando formas dissidentes
Mais selvagem, humano mais ficando,
Intensos fervem frêmito vagando
Gozos de outros corpos coniventes
Tão claro quanto a luz que esmaece
Em becos, muros, máscaras caídas
ideia livre prazer que apetece
Ao ápice extremo as tristes despedidas
Findada noite veste ao mesmo ato
Capa diurna de pose e recato