Pasmo cidadão

Não conseguimos mais ser assim...
De tanto que somos assados, fritados, cozidos
Nas panelinhas, deveras, consumidos
Como se fossemos algum xinxim 

O aparentemente justo funde-se ao duvidoso
Magistrados expõem artérias e veias
Sem que saibamos o veneno que nos cerceia
Na caça ao poder à revelia do povo

Nada é certo em terreno pantanoso
Elaboradas mentiras serpenteiam
Por entre verdades que nos dão nojo

Nunca saberemos o que haverá no bojo
Tal a fumaça e o ruído que o permeia
Fazendo do novo velho o velho novo